A gestão de riscos está, cada vez mais presente nas estratégias das organizações como um diferencial competitivo da sua sustentabilidade. O avanço da governança corporativa e o aprimoramento dos sistemas gestão na atualidade são os maiores responsáveis por esse movimento.
Em contraponto, a gestão de processos também vem evoluindo a cada dia e assim essas duas disciplinas de gestão acabam tendo uma grande importância para todos os envolvidos com a administração das organizações.
Essas ideias vêm de uma nova forma de administrar que está evoluindo com o capitalismo, mas ainda percebemos que elas são tratadas de maneira separada, ou seja, os riscos e os processos são abordados de forma independente.
Este artigo tem como objetivo mostrar como a aplicação combinada da gestão de riscos e do BPM (Business Process Management) pode facilitar a vida de todos os envolvidos no gerenciamento de uma empresa.
Explicaremos como as organizações podem integrar e aprimorar a gestão de riscos e de processos de forma complementar e eficaz.
Mas, para alcançar esse objetivo, é fundamental entender os conceitos e metas de cada uma dessas disciplinas de gestão: a gestão de riscos e a gestão de processos
O que é gestão de riscos?
Gestão de risco abrange um conjunto coordenado de atividades com o propósito de administrar e controlar uma organização frente a possíveis ameaças, independentemente de sua natureza.
Isso envolve a elaboração de planos e a alocação de recursos humanos e materiais para mitigar ou tratar os riscos.
Essa abordagem é preventiva, buscando antecipar-se a possíveis situações e integrando-a aos processos da empresa. No entanto, também inclui ações corretivas quando o risco se manifesta inesperadamente.
Nesse contexto, a gestão de risco promove um comportamento dinâmico na empresa, incentivando uma resposta rápida a eventos, incertezas e mudanças de cenário.
Para viabilizar tudo isso, é crucial ter um sistema eficaz de monitoramento dos indicadores e eventos relevantes para a organização.
Tipos de Riscos:
O risco é um resultado da incerteza, um desvio dos cursos e objetivos esperados pelos gestores.
Pode ser um evento, uma circunstância ou uma condição futura.
Para uma compreensão mais clara, veja alguns exemplos:
- Acidentes de trabalho
- Incidentes ambientais
- Fraudes financeiras cometidas por parceiros
- Perda de funcionário-chave na organização
- Eventos que afetam a reputação da marca
- Problemas na logística de distribuição
- Perda de estoque
- Dificuldade em obter crédito
- Falta de fornecedores
- Aumento nos custos de produção
- Questões judiciais
Esses são apenas alguns exemplos de riscos que podem afetar negativamente uma empresa.
A origem dos riscos pode ser financeira (interna ou externa), operacional, relacionada a erros humanos, incompetência gerencial ou fatores imprevisíveis.
Identificar essa origem é relevante, mas a função da gestão de risco não é buscar justificativas, mas sim agir para evitar que esses riscos causem consequências prejudiciais para a organização.
Caso já tenham causado danos, a ação deve ser direcionada a minimizar essas consequências, administrar a possível crise e criar estratégias para prevenir a repetição desses eventos no futuro.
Para complementar o entendimento, precisamos entender agora o objetivo da gestão de processos.
O que é gestão de processos?
A gestão de processos é uma abordagem organizacional que visa entender, documentar, otimizar e aprimorar as atividades que compõem a cadeia de valor de uma empresa.
Essa abordagem se concentra na análise e no gerenciamento sistemático dos processos de negócio, com o intuito de melhorar a eficiência, a eficácia e a adaptabilidade da organização às mudanças do ambiente.
Objetivo da Gestão de Processos.
O objetivo primário da gestão de processos é otimizar como uma organização opera seus processos de negócio, visando atingir metas específicas alinhadas à sua estratégia global.
Isso inclui a redução de custos, o aumento da produtividade, a melhoria da qualidade dos produtos ou serviços oferecidos e a satisfação dos clientes.
O que a gestão de processos busca:
- Eficiência Operacional: Identificar e eliminar redundâncias e ineficiências nos processos para garantir que os recursos sejam usados de maneira eficaz e econômica.
- Padronização e Qualidade: Estabelecer padrões e procedimentos que garantam a consistência e a qualidade das operações, contribuindo para a satisfação do cliente e a confiança no produto ou serviço.
- Agilidade e Flexibilidade: Adaptar-se rapidamente às mudanças nas necessidades do mercado, nas tecnologias e nas regulamentações, garantindo que a organização permaneça competitiva e relevante.
- Alinhamento Estratégico: Assegurar que os processos operacionais estejam alinhados com os objetivos estratégicos da organização, garantindo que todos os esforços estejam direcionados para alcançar as metas estabelecidas.
Em resumo podemos dizer que:
“Objetivo da Gestão de Riscos – Garantir a identificação e gestão eficiente dos riscos do negócio, minimizando as possibilidades de ocorrências de perdas, erros e fraudes através da avaliação, controle e monitoramento dos riscos do negócio identificados pela administração”.
Enquanto…
Objetivo da Gestão de Processos é fazer com que a organização cumpra a sua proposta de valor e que seus clientes percebam isso. Afinal, os processos bem cuidados impactam diretamente na experiência de consumo”.
Com base nos objetivos mencionados acima, é possível compreender que os riscos estão intrinsecamente ligados à execução dos processos de negócios das organizações.
Em outras palavras, uma vez que uma decisão de ação é tomada, os riscos se tornam inerentes, variando em seus níveis de impacto, seja maior ou menor.
Pensando nisso, é importante que as organizações que possuem setores focados em processos, riscos, compliance, auditoria interna, qualidade, entre outros, possam repensar a sua forma de atuação.
Essas áreas precisam ser geridas para dar suporte a governança de forma síncrona, caso contrário isso irá levar as desconexões na tomada de decisão.
Pensando neste recorte entre gestão de riscos e gestão de processos, é importante que todos consigam enxergar que existem possibilidades destes trabalhos serem sincronizados de forma que se possam ter uma metodologia integrada e totalmente aplicável.
Portanto, para tal sincronismo ser efetivo é necessário que a organização execute alguns passos estruturais.
Passos estruturais para a gestão de riscos integrada com a gestão de processos
A eficiência e a eficácia de uma organização estão intrinsecamente ligadas à habilidade de gerenciar tanto seus processos operacionais quanto os riscos associados a eles de maneira harmoniosa.
A integração entre a Gestão de Riscos corporativos (GRC) e o Gerenciamento de Processos de Negócio (BPM) surge como um caminho estratégico para aprimorar a operacionalidade, alinhar objetivos e mitigar possíveis desafios.
Neste contexto, exploraremos os passos estruturais essenciais para realizar essa integração, indo desde a compreensão das metodologias até a criação de um método integrado.
Vamos agora adentrar nas bases desse processo sinérgico e, posteriormente, nos aprofundar nas vantagens resultantes dessa combinação coesa entre GRC e BPM.
1 – Conhecimento em Metodologia de Gerenciamento de Processos
Ter uma compreensão sólida das metodologias e práticas relacionadas ao gerenciamento de processos é o primeiro passo. Isso inclui entender conceitos como mapeamento de processos, análise, redesenho e otimização para melhorar a eficiência operacional.
2 – Conhecimento em Metodologia de Gerenciamento de Riscos.
Da mesma forma, é crucial ter um entendimento profundo das metodologias e técnicas de gerenciamento de riscos. Isso pode envolver identificação de riscos, avaliação de impacto e probabilidade, além de estratégias para mitigar ou enfrentar esses riscos.
3 – Definição da Arquitetura de Processos.
Aqui, é essencial criar uma estrutura clara que descreva como os processos estão interconectados na organização. Isso pode envolver a identificação de processos principais, subprocessos, suas relações e dependências.
4 – Definição dos Papéis de Trabalho.
Estabelecer claramente os papéis e responsabilidades de cada indivíduo na gestão de processos e riscos é fundamental. Isso inclui atribuir tarefas específicas relacionadas ao gerenciamento de processos e riscos a pessoas ou equipes.
5 – Aplicar o Sincronismo Metodológico.
incronizar metodologicamente envolve alinhar e integrar as abordagens e práticas de gestão de processos e riscos de forma coordenada. É garantir que ambas as áreas estejam trabalhando em harmonia para atingir os objetivos organizacionais de maneira eficiente.
6 – Criação de um Método Integrado GRC+BPM.
Este passo envolve a criação de um método integrado que combine as práticas de Governança, Riscos corporativos (GRC) com o Gerenciamento de Processos de Negócio (BPM). Isso pode incluir a definição de ferramentas, técnicas e padrões que ajudem a integrar as estratégias de gestão de riscos e processos de forma sinérgica. O objetivo é garantir que ambas as áreas estejam alinhadas e trabalhando em prol dos objetivos globais da organização.
Vantagens do Sincronismo GRC e BPM?
Algumas das vantagens da integração entre a gestão de risco corporativos e o BPM são:
- Visualização da organização por processos
- Visualização da entrega de valor do negócio
- Codificação e quantificação de controles existentes por atividade
- Codificação e quantificação dos riscos existentes por atividade
- Gestão de desempenho assertiva
- Tomada de decisões facilitadas
- Identificação dos riscos de forma racionalizada
- Implantação de controles internos orientados a processos
- Mensuração de resultados facilitados
- Gestão de riscos com foco nas operacionais que impactam diretamente o cliente
- Facilidade da identificação dos custos alocados para riscos e controles internos
Esses são algumas das vantagens, mas existem várias outras que, sem dúvida, são igualmente importantes e um motivo para você investir na integração da gestão de riscos com o BPM.
Qual a melhor ferramenta para integrar o GRC e BPM
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Mapeamento de Processos Detalhado
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Automação e Orquestração
Automatize tarefas e atividades, reduzindo intervenção manual e coordenando a execução de várias tarefas e sistemas para garantir a harmonia entre eles.
Monitoramento e Controle em Tempo Real
Acesse dashboards e relatórios em tempo real para obter insights cruciais sobre o desempenho dos seus processos, garantindo uma gestão segura e à vista.
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Conecte facilmente sistemas diferentes, garantindo uma troca de dados fluida e disponibilidade das informações certas quando necessário.
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Conclusão
A gestão de riscos não é mais apenas uma prática acessória, mas um pilar fundamental nas estratégias das organizações modernas, tornando-se um diferencial competitivo essencial para garantir sua sustentabilidade.
O aprimoramento constante da governança corporativa e dos sistemas de gestão tem sido a força propulsora desse movimento, incentivando uma integração cada vez mais estreita entre a gestão de riscos e o gerenciamento de processos.
Por outro lado, a gestão de processos também tem evoluído, tornando-se uma peça-chave na busca pela eficiência e excelência operacional diante de um cenário empresarial dinâmico. Ambas as disciplinas de gestão, quando integradas de forma sinérgica, adquirem uma importância crucial para todos os envolvidos na administração das organizações.
Compreender o que é gestão de riscos e gestão de processos é apenas o primeiro passo. A verdadeira transformação reside na capacidade de sincronizar essas disciplinas, alinhando suas abordagens e práticas para um benefício coletivo.
Para alcançar esse objetivo, delineamos passos estruturais essenciais que abrangem a compreensão das metodologias, a definição de arquitetura de processos, a clara atribuição de papéis e a criação de um método integrado GRC+BPM.
E agora, convidamos você a dar o próximo passo rumo a uma gestão mais eficiente, integrada e direcionada ao sucesso.
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*Este artigo foi criado em uma estreita parceria entre o Wiseit e Clézio Alcântara.